
Não ao TGV, não ao aeroporto, fechamos o país mas pelo menos mantemos os centros de decisão, o problema é que a pensar assim qualquer dia não temos nada para decidir.
Não se deve fazer nada. Esperem, sempre se pode melhorar a linha férrea( então o TGV anda pelo ar ou sobre rodas?).
Diz ela que há seis anos atrás o país estava muito melhor. Pois estava, défice de 6,8% ( o maior de sempre), crescimento nulo e isto tudo sem crise, imaginem se passassem por uma, por mais pequena que fosse... Já sei! Não fazia nada...
E porque essa senhora nos quer isolar do mundo aqui fica a minha homenagem à sua ânsia de solidão, nas palavras, sempre fantásticas, desse grande Homem da poesia Portuguesa que é Jorge Palma.
Minha senhora da solidão
         Minha senhora das dores
         Quanto tempo falta para te ver sorrir
         Quantas misérias ainda vais exibir
         Quanto tempo mais vou ter de te ouvir queixar?
Minha senhora da solidão
         Vê como o Sol brilha hoje
         Odeio ver-te sempre de luto
         Gostava de ver o teu olhar enxuto
         De descobrir alguma graça no teu andar
O teu crucifixo não me ilumina
         E o teu sacrifício não me pode fazer bem
         Não é bom para ninguém
         Huuum, não ajudas ninguém...
Minha senhora da solidão
         Minha senhora dos prantos
         Tens um "ai" encravado na boca
         Que dia após dia te sufoca
         Precisas de bem mais que uma simples oração
Minha senhora da solidão
         Minha senhora das culpas
         Tenho que evitar o teu contágio
         Não quero mais saber do teu naufrágio
         A praia esteve sempre ao alcance da tua mão
O teu crucifixo não me ilumina
         O teu sacrifício não me pode fazer bem
         Não é bom para ninguém
         Huuum, não ajudas ninguém...
(Jorge Palma)







